Métodos de Escovação
O fator mais importante e que determina a eficiência da escovação dentária é a minuciosidade e não a técnica. De uma forma geral, todos os métodos se corretamente realizados, podem atingir os resultados desejados.
- MÉTODO DE BASS (LIMPEZA SULCULAR) – Coloque a cabeça da escova, de cerdas médias ou macias em contato com os dentes de acordo com as figuras 5, 6 e 7 e exerça uma ligeira pressão ao longo eixo das cerdas, forçando as pontas a penetrarem levemente no sulco gengival, bem como ameias interdentais até produzir uma ligeira isquemia da gengiva. Ative a escova com movimentos para trás e para frente sem deslocar em demasia as pontas das cerdas de suas posições iniciais, fazendo-as apenas vibrar em pequenos movimentos, avance sistematicamente por grupos dentários (molares, pré-molares e incisivos), até atingir toda a boca.
Este método de escovação objetiva a limpeza da região do sulco gengival e do colo dentário e é recomendado para os pacientes com problemas gengivais, muita prevalência de cárie na região de colo, e/ou hipersensibilidade de colo. Faça esta limpeza em toda a arcada, tanto na região vestibular (externa – entre a bochecha e os dentes) quanto na região palatina ou lingual (interna).
Na região oclusal dos dentes (parte que morde) pressione as cerdas firmemente sobre a superfície oclusal, com as pontas tão profunda quanto possível, no interior das cúspides e fissuras (reentrâncias dentárias). Ative a escova em golpes curtos para frente e para trás, avançando por grupos dentários (molares, pré-molares e incisivos) sistematicamente até atingir toda a boca.
- MÉTODO DE CHARTERS – Uma escova de dois ou três fileiras de tufos de consistência média ou macia é encostada lateralmente ao dente com as cerdas formando um ângulo de 45º em relação ao longo eixo dos dentes (Fig. 10). As cerdas são pressionadas de lado contra os dentes e gengiva e a escova ativada com golpes curtos circulares ou para frente e para trás. É um método conveniente para massagem gengival e recomendado para limpeza temporária de áreas de cicatrização gengival, após procedimentos cirúrgicos.
- MÉTODO DE FONNES – indicado para crianças de até 6 anos quando a coordenação motora ainda não está totalmente completada.
A técnica chamada Fones envolve três movimentos básicos: trenzinho, bolinha e vassourinha. Nas superfícies oclusais dos molares (os dentes de trás) fazemos o trenzinho, um movimento de vai-e-vem pegando de 2 em 2 dentes e sempre contando até 10. Em seguida fazemos a bolinha, movimentos circulares nas superfícies vestibulares (na parte “de fora” dos dentes, que fica voltada para os lábios) sempre pegando o dente e a gengiva para prevenir a gengivite. Por último fazemos a vassourinha, movimento de varrer, partindo da base do dente perto da gengiva e indo “para cima” e em direção a bochecha nas superfícies linguais (face do dente que fica ao lado da língua nos dentes de baixo e voltada para o céu da boca nos dentes de cima).
Quando terminar todos os dentinhos, a criança deve escovar a parte superior da língua e passar o fio dental, que também ajuda a abrir o espaço entre os dentes para as cerdas da escova penetrarem melhor. O fio dental serve para limpar os lugares que a escova não consegue alcançar. Mesmo em crianças que têm os dentes de leite bem espaçados, a escova não consegue limpar o lado do dente e é essencial passar o fio dental nas faces laterais fazendo um movimento de esfregar, parecido com o de engraxar sapatos ou de secar as costas com a toalha.
- MÉTODO DE STILLMAN MODIFICADO – Uma escova com duas ou três fileiras de cerdas de consistência macia ou média é colocada com as extremidades das cerdas sobre a porção cervical dos dentes. É aplicada uma pressão de torção no eixo longitudinal do cabo da escova, forçando as cerdas em direção ao topo da coroa dentária. Movimentos da escova para frente e para trás permitem o avanço por grupos dentários (molares, pré-molares e incisivos) de forma sistemática até atingir toda a boca.
- MÉTODO DE VARREDURA – Este método talvez seja o mais utilizado e consiste em limpeza das superfícies dentárias com uma escova de cerdas macias ou médias ativada em movimentos para frente e para trás, de tal forma que as cerdas fiquem perpendiculares às superfícies vestibulares (externa), lingual (interna) e oclusal (parte superior da coroa).