Restaurações Claras ou Escuras?

          Restauração dental, designa – popularmente – o material utilizado para restaurar a função, integridade e a morfologia da estrutura de um dente, que por cárie, trauma oclusal interno (caroço de azeitona, ameixa etc.) ou externo (queda com batida do dente) ficou com uma parte faltante.

          Ela pode ser feita com material escuro (amálgama) ou claro (resinas compostas), com diferentes vantagens em cada material.

          O Amálgama de prata é – sem sombra de dúvida – o material que já foi mais usado na odontologia restauradora. Um material cuja vida útil intra-bucal supera uma ou duas décadas. Tem, todavia, o inconveniente de ser escuro e não favorecer a estética do sorriso, com prejuízos na luminosidade interna do mesmo.

          Resinas Compostas: Vários fatores têm contribuído para tornar o uso de resinas em dentes posteriores uma prática cada vez mais frequentes, simples, segura e eficaz.

          Estes fatores incluem:

  1. As medidas de promoção de saúde, em especial os fluoretos incorporados às águas de abastecimento público e aos cremes dentais os quais proporcionam diminuição considerável na incidência e velocidade de progressão de cáries primárias.
  2. A inequívoca eficácia da técnica do condicionamento ácido total e dos sistemas adesivo resinosos atuais, os quais viabilizam a obtenção mais rápida, de restaurações menores e que reforçam a estrutura dental remanescente.
  3. Expressiva melhora obtida no campo dos polímeros para o uso odontológico que viabiliza um desgaste do material restaurador próximo ou menor que aquele observado no esmalte natural.
  4. A disponibilidade de estudos que desvendaram muitos dos segredos referentes às restaurações com compósitos em dentes posteriores.
  5. A excessiva preocupação com o meio ambiente e a suposta toxicidade do amálgama de prata manifestada em alguns países aonde autoridades de saúde começaram a limitar o uso desse material.
  6. Especialmente, a não utilização cada vez maior por parte de muitos profissionais e pacientes, preocupados com a aparência estética dos dentes.

          Apesar de ser verdadeira, a crescente demanda pelo uso de compósitos em dentes posteriores, o entusiasmo por esta alternativa restauradora já foi maior e o sucesso a longo prazo ainda não é fácil de ser obtido. Para que que este objeto seja alcançado, o paciente deve ser muito bem preparado para receber e manter esse tipo de restauração. O profissional, por sua vez, além de dispor de amplos conhecimentos dessa área específica, deve fazer uma rigorosa seleção do caso clínico e aplicar uma técnica meticulosa capaz de otimizar o desempenho clínico das resinas compostas em dentes posteriores.

Restauração com Resina Composta Fotopolimerizável

Restauração com Amálgama

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