Blocos, Coroas e Pivots

          As chamadas próteses unitárias servem para restaurar a anatomia e função de um dente já muito destruído, conferindo maior resistência ao mesmo. São utilizadas para cobrir inteiramente ou somente uma parte da coroa de um dente danificado.

          A nomenclatura de cada uma delas sofreu alterações ao longo do tempo. O imaginário popular, todavia, se apegou a determinadas expressões, e até hoje são encontradas em propagandas de serviços odontológicos.

Blocos (RMF)

          Atualmente chamados de Restaurações Metálico Fundidas (RMF) este tipo de prótese unitária presta-se a restaurar um dente com até três quartos da estrutura coronária perdida. O dente destruído é moldado e reproduzido em gesso. É feita, então, uma peça complementar em cera recompondo a anatomia original.

          Essa peça em cera é levada para fundição e retorna totalmente em metal (que pode ser Ouro, Prata ou ligas metálicas não nobres). Uma vez pronta e adaptada ao remanescente verdadeiro do dente, a peça é cimentada definitivamente. Pode-se agregar a elas, além da liga metálica, uma face externa, voltada a recuperar a estética do sorriso.

          A estrutura em metal pode ser feita com os mesmo metais das RMFs e a face estética (ou superfície total externa) em resina ou porcelana, melhorando a aparência e aproximando-se muito ao dente verdadeiro.

Coroas

          Restauram um dente com uma estrutura coronária perdida superior a três quartos do total. Assim como os Blocos (ou RMFs) também passam pelo mesmo processo de fundição. Podendo-se também agregar  a elas, uma face estética. Feita em resina ou porcelana, com uma aparência próxima ao dente verdadeiro.

          Uma coroa também pode ser colocada sobre um implante, dando-lhe o formato e estrutura parecidos com o dente natural, a fim de que este possa desempenhar suas funções. As coroas de porcelana (ou cerâmica) podem combinar com a cor natural de seus dentes.

Núcleos

          Os núcleos são peças fundidas para serem instaladas (cimentadas) no interior de dentes com canais já tratados e cuja estrutura coronária remanescente é capaz de suportar ou fixar uma prótese unitária.

Pivot (e Jaqueta)

          Terminologia científica da década de 1950. Designava o núcleo, que se prestava a suportar e transmitir ao remanescente dentário as forças mastigatórias recebidas pelo conjunto núcleo/prótese. Mas não raro, o conjunto vinha fundido numa peça única. O vocábulo presta-se para designar o ponto central de sustentação de um sistema de níveis.

          É o ancestral do núcleo, que se destinava a suportar sobre ele uma Coroa (Jaqueta).

      A curiosidade pela sonoridade estrangeira fez o vocábulo cair no gosto popular. Todavia, com o passar das décadas passou (erradamente) a designar somente a coroa (jaqueta). O termo até hoje é visto compondo propagandas de serviços odontológicos; normalmente voltados ao público mais popular.